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«Poèmes et chants de la résistance II», 50 ans plus tard

La crise sanitaire, de par son ampleur, de même que les élections américaines, dans un contexte totalement inédit, relèguent au second plan bon nombre d’événements qui, autrement, auraient pu davantage teinter l’actualité. En d’autres temps, la commémoration de la crise d’octobre 1970 au Québec aurait pu susciter un plus grand intérêt. Cinquante ans plus tard, le sort réservé à près de 500 personnes arrêtées, dont une majorité de jeunes, principalement lors des célèbres rafles nocturnes, n’émeut plus guère les habitants de ce pays. Il en était tout autrement durant la période qui suivit ce traumatisme. C’est dans ce contexte singulier qu’en janvier 1971, des artistes, dont plusieurs étaient bien établis, donnèrent une série de deux spectacles pour appuyer la lutte pour la libération des prisonniers politiques. Ces spectacles intenses s’intitulaient avec justesse Poèmes et chants de la résistance II.

Jose Abreu«Poèmes et chants de la résistance II», 50 ans plus tard01.26.2021
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