O escritor chileno, autor de «O velho que lia romances de amor» e de «História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar», bem como de muitos outros romances, morreu, vítima da COVID-19.

Luís Sepúlveda teve uma intensa atividade cultural, cívica e política, como contista, argumentista, cineasta, jornalista, activista político e ambiental.

A primeira vez que visitou Portugal exigiu passar por Grândola, onde parou para tirar a sua primeira fotografia no nosso país. Recordou que, preso nos cárceres da ditadura fascista de Pinochet, houve um dia em que os guardas surpreendentemente trataram os prisioneiros menos mal do que era costume. Ao fim da tarde confessaram o motivo: “Hoje vocês ganharam em Portugal”. Era o dia 25 de Abril de 1974 e ele jurou que se saísse dali vivo haveria de vir a esse país então libertado.