Exposição «Grândola, vila morena»

O Município de Grândola organizou uma exposição que relata a história de um encontro que se fez poema, canção e Liberdade. Esta exposição é constituída por vinte e uma molduras com as dimensões de 50X70 cm e foi concebida a pensar em futuros projetos de itinerância. Assim, tal como a canção que a motivou, que há muito encetou a sua viagem, ultrapassando fronteiras e alcançando a intemporalidade, também esta mostra pretende viajar, contribuindo para a construção de um mundo mais inclusivo, justo e fraterno. A exposição percorre diverso conteúdo documental, com imagens e textos cronologicamente fixados, dedicados ao percurso de Grândola, vila morena desde aquele maio, maduro maio, de 1964 em que as histórias de José Afonso e da terra da fraternidade se cruzaram, até àquele 25 de Abril em que tudo, finalmente, pareceu possível. Sobre o que Grândola, vila morena, representa, pergunta José Mário Branco: ”Valeu a pena a travessia?” ”Valeu, pois.”, responde, com inteira certeza. Cientes de que nos cabe a nós a responsabilidade de merecer tamanha confiança, é nesse sentido que continuaremos, juntos, a caminhar.

Legenda da foto: Os passos de «Grândola, vila morena»: José Afonso, José Mário Branco e Francisco Fanhais. Patrick Ullmann, Castelo d’Hérouville, 1971. Centro de Documentação da Associação José Afonso.

 

José AbreuExposição «Grândola, vila morena»