OCP – Observatório da Canção de Protesto integra um Conselho Consultivo, formado por entidades, autores e cantores de intervenção social e protesto de várias gerações, jornalistas, académicos e outros que de alguma forma se tenham distinguido na criação, estudo e divulgação da música de protesto, com o objetivo de prestar consultoria à orientação do seu funcionamento, através do acompanhamento da sua actividade e da emissão de sugestões e pareceres.

Conselho Consultivo é atualmente constituído por:

Adelino Gomes

É jornalista tendo sido locutor do Rádio Clube Português, da Rádio Renascença e da Deutsche Welle, bem como diretor de informação e realizador na RDP. Foi repórter da RTP, tendo acompanhado acontecimentos como o 11 de Março de 1975, o início da guerra civil em Angola e a guerra civil em Timor. Foi ainda fundador do jornal Público, tendo mais tarde sido diretor adjunto e redator principal. É coautor do disco O Dia 25 de Abril (duplo álbum com a reportagem sobre a revolução) e dos livros: Portugal 2020 (1998), O 25 de Abril de 1974 — 76 fotografias e um retrato (1999), Carlos Gil – um fotógrafo na revolução (2004), As flores nascem na prisão,Timor-Leste – ano 1 (2004) e coautor de Os dias loucos do PREC (2006).

José Fortes

técnico de som responsável pela gravação de uma parte substancial das edições fonográficas publicadas em Portugal desde a década de 1960, constituindo uma das principais figuras de referência deste domínio no país. Funda em 1962, na cidade do Porto, o estúdio Fortes & Rangel. Em 1970, fixa-se em Lisboa para dirigir as gravações da Rádio Triunfo, supervisionando e integrando a equipa técnica do estúdio da editora na Estrada da Luz, estreado em 1973. Em 1979, integra a equipa do estúdio da Rádio Produções Europa, a qual passa a designar de Angel Studio em 1981. Nestes estúdios, para além do registo de múltiplos artistas e repertórios enquadrados nos mais diversos domínios, gravou vários fonogramas dos principais nomes do universo da música popular portuguesa, entre os quais se destacam José Afonso, José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, Fausto Bordalo Dias, o GAC – Grupo de Acção Cultural “Vozes na Luta”, José Barata Moura, entre outros.

Anthony Seeger

Anthony Seeger é um antropólogo, etnomusicólogo e arquivista de audiovisuais com um vasto trabalho de pesquisa realizado no Brasil. Tem um bacharelato (BA) pela Universidade de Harvard e um doutoramento (PhD) em Antropologia pela Universidade de Chicago. Neto do musicólogo Charles Seeger e sobrinho de Pete Seeger, cresceu a tocar um banjo de 5 cordas e a cantar canções de protesto e luta. Ensinou e escreveu acerca de música de protesto. Ensinou antropologia no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975-1982) e na Universidade de Indiana (1982-1988). Foi curador e diretor da Smithsonian Folkways Recordings, em Washington DC (1988-2000) e professor (Distinguished) de Etnomusicologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles – UCLA (2000-2012).

Boaventura Sousa Santos

É Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. Dirige actualmente o projecto de investigação ALICE – Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências o mundo. É co-coordenador científico e co-fundador de diversos Programas de Doutoramento. Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos, que se encontram traduzidos em diversas línguas.

Capicua

Nasce no Porto, onde aos 15 descobre o Hip Hop. Socióloga, doutorada em Geografia, é sobretudo uma Rapper militante. Com duas mixtapes, dois álbuns editados (“Capicua” 2012 – Optimus Discos; “Sereia Louca” 2014 – Valentim de Carvalho) e um disco de remisturas (Medusa, 2015 – Valentim de Carvalho), tem somado uma vasta lista de concertos pelo país e conquistado um público diverso e o reconhecimento da crítica. Conhecida pela sua escrita emotiva e politicamente engajada, pela espotaneidade e por uma clara atitude feminista, conta já com uma longa lista de colaborações, conferências, projetos sociais e workshops, sempre em torno da palavra e da música.

Chullage

Nasceu em Lisboa em 1977 mas foi no Monte de Caparica que começou o seu gosto pelo Rap. Os primeiros passos foram ainda dados entre amigos e no início da década de 90 escreveu as primeiras rimas inspiradas nos Public Enemy. O seu primeiro grupo de Rap dava pelo nome de Black Brothers. Em 1993 forma o seu primeiro grupo digno desse nome os 187 Squad e em 1997 Chullage opta por uma carreira musical a solo. O seu primeiro álbum de originais data de julho de 2001, tendo sido a primeira edição independente a ultrapassar as três mil unidades. O seu segundo álbum – Rapensar, marca de sobremaneira o panorama nacional do hip-hop. Todos os seus trabalhos discográficos mereceram excelentes críticas, tendo sido também nomeado para diversos prémios.

João Carlos Callixto

Lisboa, 1977. Investigador musical e autor de programas radiofónicos e televisivos. Colaborador de publicações musicais e literárias desde 1996, publicou os livros Na Terra dos Sonhos (2005), Portugal Eléctrico (2013), em co-autoria, Canta, Amigo, Canta – Nova Canção Portuguesa (1960-1974) (2014, um dicionário dos cantores e grupos determinantes no âmbito da canção de protesto e da nova canção ligeira no período em causa), Portugal 12 Pts – Festival da Canção (2018), também em co-autoria, e Gramofone – As Páginas da Música no Arquivo RTP (2019). Entre 2011 e 2012, foi co-autor da série documental em 26 episódios Estranha Forma de Vida – Uma História da Música Popular Portuguesa  (RTP) e, em 2014, foi coordenador da série de 40 episódios Os Dias Cantados (Antena 1), em que outros tantos músicos e grupos portugueses dos dias de hoje interpretaram versões exclusivas de canções ligadas ao reportório de protesto e intervenção nacional das décadas de 60, 70 e 80. Actualmente, apresenta os programas Passado ao Presente (RDP Internacional) e A Vida num Só Disco (Antena 3, com Henrique Amaro) e é autor do programa Gramofone (RTP Memória).

João Lóio

Nasceu em Matosinhos a 4 de março de 1953. Licenciou-se em Medicina no Porto em 1977. Frequentou o 3º ano do curso de Composição da Escola Superior de Música do Porto. Possui a Pós-graduação em Ciências Musicais na Faculdade de Letras de Coimbra. Trabalhou como compositor e diretor musical em vários espetáculos de companhias teatrais. Foi membro do Grupo de Ação Cultural – Vozes na Luta, tendo atuando em Portugal, França e Alemanha. Colaborou com a Radio Televisão Portuguesa em vários programas como interprete e compositor, entre os quais: Às DezMopiABZ e Praça da Alegria. Editou e participou como intérprete e compositor em diversos discos. Atualmente é professor de Música e Voz no curso de Teatro da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto.

João Lourenço

Encenador e ator Português. Começou a sua carreira com apenas oito anos como intérprete de peças e folhetins na rádio Emissora Nacional, em 1952 e, em 1957, estreia-se como ator no Teatro Nacional D. Maria II na peça D. Inez de Portugal, com encenação de Alexandre Casona. Em 1959, entra para o TNP, integrando esta companhia até ao seu encerramento. No ano seguinte, estreia-se como ator na Sétima Arte com o filme A Ribeira da Saudade do realizador João Mendes. Estreia-se depois como encenador no ano de 1973 no Teatro Casa da Comédia No ano seguinte funda o Teatro Aberto em Lisboa. Foi membro da direção da Sociedade Portuguesa de Autores de 1992 a 2003.

Joaquim Vieira

Jornalista e autor, dirigiu vários órgãos de media e foi provedor do leitor do Público. Assinou a série Portugal Século XX – Crónica em Imagens e dirigiu uma coleção de fotobiografias do século XX. Coautor de Mataram o Rei! – O Regicídio na imprensa internacional, República em Portugal! – O 5 de Outubro visto pela imprensa internacional e Nas Bocas do Mundo – O 25 de Abril e o PREC na Imprensa Internacional, assim como da série juvenil Duarte e Marta, escreveu Só um Milagre nos Salva, Mocidade Portuguesa – Homens para um Estado Novo, Mário Soares – Uma Vida, Álvaro Cunhal – O Homem e o Mito e De Abril à Troika. Foi autor dos documentários Maior que o Pensamento (sobre Zeca Afonso) e A Cantiga Era uma Arma (sobre a canção de protesto no PREC).

José Jorge Letria

Estudou Direito e História e é pós-graduado em Jornalismo Internacional. Com dezenas de livros publicados em diversas áreas, foi distinguido com importantes prémios literários nacionais e internacionais. É um dos mais destacados nomes da literatura infanto-juvenil em Portugal e autor de programas de rádio e televisão. Está traduzido em várias línguas. Integrou, com José Afonso, Adriano e Manuel Freire, entre outros, o movimento da canção de resistência, tendo sido agraciado em 1997 com a Ordem da Liberdade. Foi, durante oito anos, vereador da Cultura da Câmara de Cascais. É, desde Janeiro de 2011, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores. É coautor, com José Fanha, de várias antologias de poesia portuguesa.

José Luís Borges Coelho

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto é diplomado com o Curso Superior de Canto do Conservatório de Música do Porto, tem uma vasta experiência nas áreas da orientação e da direção coral. Mantém, há 50 anos, contacto diário com a direção coral, no Coral de Letras da Universidade do Porto que fundou em 1966, e em passagens mais ou menos prolongadas pelo Orfeão do Porto, pelo Coro Misto Sacro de S. Tarcísio e pelo Coro do Círculo Portuense de Ópera. Gravou versões notáveis de obras de Fernando Lopes-Graça, incluindo algumas das Heróicas, obras a-cappella e Canções Regionais Portuguesas.

Manuel Freire

Cantor de intervenção. Entrou no Teatro Experimental do Porto em 1967, onde faz a sua primeira actuação no domínio da canção. Estreou-se na música em 1968 tendo algum tempo depois sido alvo da da censura, devido ao tema “O sangue não dá flor”. Em 1969 surge no programa “Zip-Zip” onde lançou a “Pedra Filosofal” (poema de António Gedeão), que popularizou e cuja interpretação lhe valeu o Prémio da Imprensa desse ano.

Mário Correia

Iniciou-se em 1970 na crítica e divulgação das músicas tradicionais, folk e de intervenção, na revista MC-Mundo da Canção (director ente 1976-1998). Musicólogo e folclorista (membro do IELT/Universidade Nova de Lisboa), criou em 2000 o Centro de Música Tradicional Sons da Terra e o Festival Intercéltico de Sendim. Em 1997 fundou a editora Sons da Terra (com mais de 150 discos publicados com recolhas de música tradicional). É membro da Academia de Letras de Trás-os-Montes e vice-presidente da Associaçon de Lhengua i Cultura Mirandesa. Distinções: XIII Prémio Europeu de Folclore Agapito Marazuela (Segovia, 2007), Chosco de Oro (Navelgas, 2010) e Medalha de Mérito Cultural (Governo de Portugal, 2012). Autor de diversos livros sobre música tradicional e canto de intervenção

Paulo Sucena

Membro do Conselho Nacional de Educação. Tem desenvolvido uma intensa atividade política e sindical, tendo sido Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) e Secretário Geral da FENPROF.

Rui Junior

Compositor e percussionista Português. Dirige o Projecto de Percussões “Tocá Rufar” – um grupo de 300 jovens percussionistas -criado para apresentar um espectáculo na Expo’98, integrado na Programação Prioritária Nacional, representativo do instrumento tradicional português “O Bombo”. Acompanhou espectáculos e participou em diversas obras discográficas de artistas portugueses como Júlio Pereira, Fausto, José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Janita Salomé, Vitorino, Rão Kyao, Jorge Palma, António Pinho Vargas, Amélia Muge, João Afonso e Carlos Barretto, entre outros. É regularmente convidado, como músico instrumentista, a participar em diversos projectos musicais, no estrangeiro.

Rui Pato

Nasce, em Coimbra (1946). Estuda guitarra clássica. Entre 1962 e 1969, acompanha Zeca Afonso nas suas gravações e espectáculos, bem como Adriano Correia de Oliveira, em todas as suas gravações entre 1964 e 1969. Em 1969 é expulso da Universidade pelo regime salazarista, e é obrigado a entrar para o serviço militar. Em 1972 conclui o curso de Medicina e abandona a carreira musical. Segue a carreira médica hospitalar, que termina em 2009 como presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Coimbra, retomando a actividade musical. Participa nos dois espectáculos finais da carreira de Zeca Afonso (Coliseus de Lisboa e do Porto). Grava para cima de duas dezenas de trabalhos discográficos. É actualmente vice-presidente da Assembleia Geral da Associação José Afonso (AJA).

Rui Reininho

Músico Português. O primeiro contacto com a música foi em 1977. É no entanto o vocalista e a figura mais conhecida de uma das maiores bandas Portuguesas – GNR, da qual se tornou vocalista em 1981. Para além dos mais de 30 anos à frente dos GNR, trabalhou com inúmeros músicos Portugueses, lecionou em instituições de ensino superior e colaborou com diversos Jornais nacionais, tais como o Expresso e o Jornal de Noticias.

Salwa El-Shawan Castelo-Branco

Professora de Etnomusicologia, Diretora do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança da Universidade Nova de Lisboa – Portugal e Presidente do Conselho Internacional de Música Tradicional (ICTM – International Council for Traditional Music). É Doutorada pela Universidade de Columbia – E.U.A., lecionou na Universidade de Nova York (1979-1982), foi Professora Convidada na Universidade de Columbia, Universidade de Princeton e na Universidade de Chicago. Desenvolve trabalhos de investigação em Portugal, Egito e Omã. É autora de diversas publicações sobre política cultural, nacionalismo musical, identidade, modernidade, música e conflito, entre outras.

Samuel Quedas

Cantor, compositor e produtor musical. Conta mais de quarenta anos de carreira, nos quais escreveu letras e compôs músicas, que para si como para outros cantores. Destaca-se a colaboração com Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Pedro Osório, Carlos Alberto Moniz, entre outros. Após o 25 de Abril de 1974 edita um EP com vários temas de protesto, tendo ainda participado em diversas edições do Festival da Canção

Viriato Teles

Jornalista e escritor português. Trabalhou nas redações de diversos jornais e revistas, tendo ainda participado como autor, repórter e editor em diversos programas de rádio e televisão. É autor de vários livros de poesia e reportagem. Integra, desde 2006, o Gabinete dos Provedores da Rádio e Televisão de Portugal.

Judith R. Cohen

Etnomusicóloga e cantora Montereal – 1949,  reside em Toronto.
PhD em Musicologia e Etnomusicologia. Leciona na York University, em Toronto, e faz palestras, apresentações, workshops e concertos a solo ou com outros músicos.
Como Etnomusicóloga há muitos anos que se dedica à investigação em música sefardita e tradições dos Bnei Anusim, conhecidos como cripto-judeus descendentes diretos de judeus perseguidos pela Inquisição ao longo dos séculos, que mantiveram a sua identidade.
O seu trabalho de etnomusicóloga e a sua vida de intérprete estão interligados. Canções de Espanha e Portugal, baladas narrativas e histórias em inglês e tradições pan-europeias, canto dos Balcãs, canções do Canadá francês, iídiche e música da Europa Medieval estão entre os seus repertórios de performance e workshop.

Soraia Simões de Andrade

É investigadora e escritora. Pós-graduada em Estudos de Música Popular, mestre em História  Contemporânea pela FCSH, doutoranda em História na NOVA/FCSH; em curso tem uma tese de doutoramento intitulada Literaturas de uma Mulher Musical em Trânsito acerca do repertório poético musical de Amélia Muge desde 1975 ainda em Moçambique. Laura do Céu é o pseudónimo usado por Soraia Simões de Andrade, uma homenagem às avós, materna e paterna respectivamente, é com ele que assina poemas e prosa, publicou Metrónomo sem Função (2020), prosa narrativa, e (S) EM TERRA (2021), poesia, pela  ORO/Caleidoscópio. No âmbito académico publicou, entre artigos em revistas e plataformas da especialidade, RAPublicar – a micro-história que fez História numa Lisboa adiada (Editora Caleidoscópio 2017) e Fixar o (in) visível. Os primeiros passos do RAP em Portugal (Editora Caleidoscópio 2019). Realizou o documentário A Guitarra de Coimbra para a RTP2 (2019); coordena a Revista, e plataforma, Mural Sonoro; realizou diversas curadorias e trabalhos como ghostwriter por convite. Foi distinguida com o Prémio Megafone Sociedade Portuguesa de Autores (2014).Foi investigadora do Instituto de História Contemporânea (Fev 2015 – Agosto 2020). Fazem parte da sua investigação a história oral, a dimensão histórica da linguagem literária na música, a relação entre cultura, sociedade, memória e género.

Mário Vieira de Carvalho

Doutorado em Filosofia em 1985, é Professor Catedrático Jubilado de Sociologia da Música na FCSH-UNL. Foi fundador e Presidente da Direção do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), exerceu as funções de Presidente da Comissão Científica do Departamento de Ciências Musicais, de Presidente do Conselho Científico da FCSH, de Vice-Reitor da UNL, de Secretário de Estado da Cultura do XVII Governo Constitucional e é autor de mais de uma centena de publicações científicas, incluindo livros, e de numerosos textos de intervenção cultural ou política publicados na imprensa desde 1967, também em resultado da sua atividade durante vários anos como crítico musical e jornalista.

Rui Vieira Nery

Doutorado em Musicologia em 1990 pela Universidade do Texas em Austin, é Professor Associado da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança e do Centro de Estudos de Teatro. Na Fundação Calouste Gulbenkian, foi Diretor-Adjunto do Serviço de Música (1992-2008) e Diretor do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura (2008-2012), e é, desde 2012, Diretor do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas. Como musicólogo e historiador cultural, é autor de diversos estudos sobre História da Música Portuguesa, dois dos quais receberam o Prémio de Ensaísmo Musical do Conselho Português da Música (1984 e 1991), bem como de largo número de artigos científicos publicados em revistas e obras coletivas especializadas, tanto portuguesas como internacionais.

Eduardo Paes Mamede

Músico, produtor fonográfico e director coral, foi colaborador em vários suplementos do ”Diário de Lisboa” e nos periódicos “Musicalíssimo”, “Portugal Hoje” e “O Jornal”. Integrou o Coro da Juventude Musical Portuguesa e, a partir de 1974, foi membro do GAC – Grupo de Acção Cultural “Vozes na Luta” até ao término do grupo. Foi autor da banda-sonora dos filmes “Deus, Pátria, Autoridade” (1975) e “Bom Povo Português” (1979) de Rui Simões. Foi responsável pelo Departamento de Produção da editora Sassetti entre 1982 e 1985. Produziu e orquestrou os discos Por Este Rio Acima (1982), O Despertar dos Alquimistas (1985) e Para Além Das Cordilheiras (1987) de Fausto Bordalo Dias, entre outros discos de vários artistas referenciados com o domínio da música popular portuguesa (José Barata Moura, Tino Flores, Afonso Dias, e.o.). Foi director coral do Grupo Vocal DaCapo e é, desde 2003, director coral do Cramol.

wb_top_accessCONSELHO CONSULTIVO